É do conhecimento geral que a AIGP do Caniçal é um projeto florestal candidatado pelo anterior executivo da freguesia de Oleiros – Amieira, aprovado já no decorrer do presente mandato de 2021-2025.
Entretanto, foi constituída uma nova entidade destinada a gerir os destinos do projeto, a Associação da Entidade Gestora da AIGP do Caniçal.
Esta associação já conseguiu aprovar a candidatura para os “Condomínios de Aldeia” do Caniçal, Roda, Braçal, Eirigo e Bonjardim e acaba de ver aprovada a proposta de OIGP (Operações Integradas de Gestão da Paisagem) para os mais de 2000 hectares da AIGP do Caniçal. Está confirmado um financiamento a rondar os 10.000.000,00€, distribuídos pelo curto, médio e longo prazos. Estão previstos apoios para a gestão deste território ao longo de vinte anos.
O papel e a competência da freguesia de Oleiros – Amieira, foram a elaboração e a apresentação da candidatura e a criação das condições necessárias para que a mesma fosse acolhida pelos proprietários e fazer com que que estes conseguissem organizar-se para levar por diante o projeto.
Três anos depois da assinatura do Contrato Programa que aprovava a AIGP do Caniçal, envolveram-se no projeto cerca de duas centenas de proprietários, que representam cerca de 60% da área total da AIGP. A Junta de Freguesia continuará a apoiar a Associação da AIGP na identificação e mobilização dos proprietários, pela proximidade que tem com a população da freguesia, residente no território ou fora dele.
Decorridos precisamente quatro anos de trabalho, iniciado muito antes da assinatura do Contrato Programa, o executivo da freguesia de Oleiros – Amieira congratula-se com a aprovação do projeto de OIGP da AIGP do Caniçal, que configurará o maior e mais exigente projeto florestal alguma vez concretizado a bem da freguesia, do concelho, da floresta e das pessoas.
Os valores envolvidos, a dimensão da obra, o horizonte de vinte anos de gestão e o trabalho previstos no projeto, são razões mais do que suficientes para acalentar alguma esperança aos oleirenses, no que respeita à nossa maior riqueza, a floresta. Trata-se de um projeto a longo prazo que não pretende dar espetáculo nem promover pessoas, mas sim planificar e desenvolver ideias de futuro, aquelas que mais falta fazem ao nosso território.
Para as pessoas que vivem em territórios florestais como o de Oleiros, impulsionar uma nova forma de gestão conjunta é um desafio tremendo. Através dele, serão implementados novos modelos de negócio (florestal, agrícola e agropecuário) e será alterado o mosaico da nossa floresta, tornando-a mais resistente aos incêndios, mais diversa, mais sustentável e mais rentável.